quarta-feira, 18 de julho de 2012

tenho ainda o sabor dos teus beijos intermináveis...


e o teu cheiro, irresistível que permanece sem explicação.


entregamo-nos sôfregamente, já sem temores...


tentamos ficar próximos, por caminhos paralelos.


deve ser amor.





segunda-feira, 9 de julho de 2012

ao fim de tantos milénios, continuo a querer-te.
dizes-me, que sou tu.
que somos todos.


não sei como te quero. 


quero-te. 
só assim.


a loucura trespassa-nos, sei.


temos que encontrar a fórmula de deus.












sexta-feira, 2 de julho de 2010

…mais uma vez



aqui estou para para falar de ti
para me falar de ti
daquilo que não te quero dizer

um dia qualquer
que me apeteça
mostro-te tudo o que falamos
tudo o que queres saber sobre mim
sobre ti em mim
como me pedes na tua curiosidade felina

volto sempre
porque não me apetece partir-me de ti

numa análise cinéfila, diria,
que, como se"o pecado morasse ao lado"
percebes, não é?

quando eu me redimo, voltas tu
para me desassossegar…

que sou má
que sou o teu pecado
que te descontrola a personalidade virgiana…

quando és tu
sou eu que não te sossego
que te alimenta o ascendente carneiro de fogo
a que não resisto
e que te descontrola

que nos restará?
para além deste querer infernal,
a que sucumbimos e que nenhum de nós quer?

ou antes,
que se quer intensamente
sem saber como…



aquela quinta no Douro
talvez nos acalme
e nos deixe viver em felicidade
um dia…

ou então,
teremos que nos esquecer dos sentidos,
dos cheiros, dos sabores, da terra,
da vida.


















terça-feira, 6 de abril de 2010

I Want You


um mau estar de não saber o quê assola-me…
fazes-me rir, como eu espero…

"onde estaria sem você
perdida para sempre
o que faria sem seu amor…"

comprovo que és tu
quando te alício até mim.

quando te dissipo as dúvidas
e sucumbes aos meus encantos.

os pássaros já "chilreieiam" a primavera
aqui.



ainda permanece o teu cheiro no meu.


uma memória primordial
para não me deixar esquecer quem eras.





…de quem já não tens memória?




sábado, 27 de março de 2010

após algum tempo




uma vez mais após algum tempo voltamos a sucumbir ao nosso desejo inexplicável.

incontrolável.

originalmente falamos das nossas almas.

da presença de outros no nosso caminho.

e do pecado da nossa entrega.

escondida.

dos beijos insanos que trocamos.

e do prazer infímo a que sucumbimos.


e não percebemos as metáforas…
do nosso medo.


eu.
porque sou fêmea digo-te que tenho saudades tuas.

tu.
porque tens medo satisfazes-me.

sorvemo-nos.

não quero controlar o meu corpo.
sou o que desejas.
o que amas.
o que odeias.

e temes.




habita em mim uma vontade de chorar que não consigo expressar.

















quinta-feira, 23 de julho de 2009

(in)evitável


… sorvo o resto do copo de tinto que sobrou do jantar. 
continuo a gostar de sentir o vidro cinzento esfumado. 
o volume e a aspreza dos bicos.
vulgares agora. mas não estes  impregnados de histórias. de lábios.

…acendo o último cigarro da noite.

ligo o mac. 
estás ocupado.
instintivamente fico disponível.
não resistes.
aí, na rua em frente, a uns metros, ligaste a mim.

páro para reflectir. 
venho já, digo.

tínhamos acordado em manter o café casual da esplanada. 
estava bem assim. 
eu saboreava as minhas histórias, os meus recomeços e desfechos.
os meus olhares.
tu, a tua historia…

esperas e eu regresso.

ofereces-me as tuas tentadoras massagens 
para matar cirurgicamente as minhas desculpas banais de fim de um dia.

faço-te-me a vontade prometendo que sim.
que não te vou seduzir.
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o dia abafado, encoberto faz-me parar. sento-me.
sta. catarina, efeverescente de personagens, distraí-me.


a limonada. gelada tranquiliza-me os lábios doridos.























quinta-feira, 9 de julho de 2009

re: 3do7


…rumo ao sul

consegui vivenciar um déjavu, embora de um tempo ainda muito próximo.

a viagem, o aproximar do cheiro a maresia depois de vastos campos, planos, de sobreiros.
a diana só agora, vivencio. essa com a marca de lisboa. muito bom…
lá, nesse tempo, o chillout, a bossa nova acompanhava-me. ainda hoje assim é, por vezes.

antes dos manjares, dos néctares, uma descida de precipícios até à água morna  imensa das praias desertas.
um precipício de emoções até ao limite. 
o saborear da liberdade ilimitada.

depois sim, as boas vindas, os lagostins grelhados, os coentros, o esporão.
e as noites quentes, de luas monstruosamente laranja, imensas.

assim vêem os meus olhos, essas paragens.